O CURRÍCULO COMO LISTA DE CONTEÚDOS: A CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES

Autores

  • Peterson Fernando Kepps da Silva Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS
  • Lavínia Schwantes Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS

Resumo

Problematizar o currículo escolar a partir dos estudos culturais é desafiar a concepção de que o currículo se dá ou se constitui ou ainda é sinônimo de lista de conteúdos programáticos. Além disso, diferentes explicações, teorias, embasamentos e conceitos demarcam e circunscrevem o campo, expressam características, datam o surgimento do currículo e apontam seu poder de influência e de construção de um determinado tipo de sociedade. O presente trabalho buscou, então, analisar os entendimentos dos professores da educação básica com relação ao currículo escolar e os possíveis efeitos desses entendimentos para a instituição escola como fonte de expressão das identidades e dos saberes. A metodologia utilizada na pesquisa foi entrevista semiestruturada com quatro professores de Ciências e quatro de Biologia de escolas públicas de um município situado no sul do Brasil. A análise permitiu-nos perceber que, os professores demonstraram uma incipiente participação no que tange as discussões de currículo. Esquivaram-se de um debate mais amplo e direto e, em alguns momentos, manifestaram desconhecimento sobre o campo.

Biografia do Autor

Peterson Fernando Kepps da Silva, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS

Professor da Educação Básica. Mestre em Educação em Ciências. Doutorando em Educação em Ciências na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS

Lavínia Schwantes, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS

Doutora em Educação em Ciências. Professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências (PPGEC/FURG).

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: CONSED/UNDIME/MEC, 2016.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. 5 Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

GERALDI, João Wanderley. O ensino de língua portuguesa e a Base Nacional Comum Curricular. Revista Retratos da Escola, v. 9, n. 17, p. 381-396, 2015.

HYPOLITO, Álvaro Moreira. Políticas curriculares, estado e regulação. Educ. Soc., v. 31, n. 113, p. 1337-1354, 2010.

ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto; ARNOLDI, Marlene Aparecida Gonzales Colombo. A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismos para validação dos resultados. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

SILVA, Tomaz Tadeu. Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2003.

______. Documentos de Identidade: uma introdução ás teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

SCHÜTZ, Monique Cristina Francener Hammes; CERVI, Gicele Maria; PEREIRA, Lilian Alves. Práticas discursivas sobre a base nacional comum curricular: relações de poder-saber. In: XI REUNIÃO CIENTÍFICA REGIONAL DA ANPED, 2016, Curitiba. Anais Eletrônicos... Curitiba: UFPR, 2016. Disponível em: < http://www.anpedsul2016.ufpr.br/wp-content/uploads/2015/11/eixo9_MONIQUE-CRISTINA-FRANCENER-HAMMES-SCH%C3%9CTZ-GICELE-MARIA-CERVI-LILIAN-ALVES-PEREIRA.pdf> Acesso em: 27 dez. 2016.

VEIGA-NETO, Alfredo. Currículo e interdisciplinaridade. In: MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa (Org.). Currículo: questões atuais. Campinas: Papirus, 2003. p. 59-102.

Downloads

Publicado

2020-02-05