OS PARQUES DE QUITO

O ESPAÇO DE ENCONTRO ENTRE O DIREITO À CIDADE E OS DIREITOS DA NATUREZA

Autores

  • Viviana Morales Naranjo Universidad de las Américas

DOI:

https://doi.org/10.25245/rdspp.v13i1.1764

Palavras-chave:

Urbanismo ecológico, urbanismo da natureza, planeamento urbano, participação do cidadão, Movimentos sociais

Resumo

A fragmentação do solo de Quito levou ao desaparecimento progressivo dos espaços verdes de Quito. Diante da expansão da expansão urbana, os ativistas têm recorrido ao discurso dos direitos da natureza e do direito à cidade para exigir que o Município faça uma transição do urbanismo neoliberal para o urbanismo ecológico. Este artigo questiona se os conflitos ecológicos sobre o uso e ocupação da terra nos parques de Quito podem ser resolvidos por meio do diálogo entre os direitos da natureza e o direito à cidade? O caso do Parque Metropolitano de Guangüiltagua e do Parque Cumbayá nos permitirá analisar a forma como a cidade de Quito é planejada e as respostas da sociedade civil para cristalizar o urbanismo ecológico e, mais especificamente, o urbanismo da natureza.

Biografia do Autor

Viviana Morales Naranjo, Universidad de las Américas

Advogada pela Universidade Central do Equador, Mestre em Direito Público com menção em Direito Ambiental pela Universidade Paris 1 Panthéon Sorbonne, Mestre em Direito Processual Constitucional pela Universidade das Américas. Doutora em Direito pela Universidad Andina Simón Bolívar. Professora de Direito Constitucional e Direito Ambiental na Universidad de las Américas.

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Publicado

2025-08-05

Como Citar

Morales Naranjo, V. . (2025). OS PARQUES DE QUITO: O ESPAÇO DE ENCONTRO ENTRE O DIREITO À CIDADE E OS DIREITOS DA NATUREZA. Revista Direitos Sociais E Políticas Públicas (UNIFAFIBE), 13(1), 436–467. https://doi.org/10.25245/rdspp.v13i1.1764

Edição

Seção

DOUTRINAS ESTRANGEIRAS