O BENEFICIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA PARA O IDOSO E SUAS INTERFACES COM O ESPAÇO RELACIONAL E COM A QUESTÃO DE GÊNERO

Autores

  • Rosilene Soares de Jesus Universidade Federal de Viçosa
  • Maria das Dores Saraiva de Loreto Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.25245/rdspp.v3i2.65

Palavras-chave:

BPC, Idoso, Gênero.

Resumo

O Estado brasileiro tem se apropriado das políticas públicas sociais para direcionar ações que busquem combater as desigualdades sociais. O Beneficio de Prestação Continuada (BPC) tem sido uma destas ferramentas, funcionando como uma política assistencial de transferência de renda. O presente artigo buscou traçar o perfil dos beneficiários idosos do Município de Teixeiras/MG, assim como destacar as diferenças de gênero quanto ao uso do benefício em diferentes espaços relacionais. A pesquisa, de cunho quanti-qualitativo, foi baseada em pesquisa censitária, documental e entrevistas com os beneficiários idosos. Os resultados mostraram que o beneficio se apresenta como única fonte de sustento de muitas famílias, que destinam mais da metade do BPC para atender às necessidades mais básicas, como alimentação e medicamentos, independente do espaço relacional e da questão de gênero. Conclui-se que o BPC embora limitado e insuficiente, é indispensável à subsistência de qualquer beneficiário que se encontra em situação de indigência. 

Biografia do Autor

Rosilene Soares de Jesus, Universidade Federal de Viçosa

Bacharel em Serviço Social, especialista em Libras, Mestre em Economia Doméstica na linha de Família, Políticas Públicas, Desenvolvimento Humano e Social.

Maria das Dores Saraiva de Loreto, Universidade Federal de Viçosa

Pós Doctor em Família e Meio Ambiente

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Publicado

2016-05-31

Como Citar

Jesus, R. S. de, & Loreto, M. das D. S. de. (2016). O BENEFICIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA PARA O IDOSO E SUAS INTERFACES COM O ESPAÇO RELACIONAL E COM A QUESTÃO DE GÊNERO. Revista Direitos Sociais E Políticas Públicas (UNIFAFIBE), 3(2), 239–264. https://doi.org/10.25245/rdspp.v3i2.65

Edição

Seção

DOUTRINAS NACIONAIS