CONSIDERAÇÕES SOBRE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: A (IM)POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA MEDIAÇÃO AMBIENTAL EM SUA GESTÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25245/rdspp.v7i3.681

Palavras-chave:

Gestão de conflitos ambientais, Mediação ambiental, Vantagens, Desvantagens

Resumo

Esse trabalho possui dois objetivos em relação ao tema da resolução de conflitos. O primeiro é realizar uma abordagem transversal sobre a complexidade dos conflitos ambientais, e em segundo plano situar alguns aspectos positivos e do mesmo modo abordar os desafios da utilização da mediação na gestão. A utilização de métodos como a mediação é percebido pela insuficiência de tutela jurídica sobre os conflitos ambientais.  Para alcançar esses objetivos se utilizou o método hipotético dedutivo. Com a utilização da mediação são caracterizados aspectos vantajosos como diálogo flexível, igualdade de partes, procedimento com menor rigor formal que o rito judicial tradicional, e maior agilidade. Restou evidenciado que a resolução dos conflitos ambientais se difere de outros âmbitos ao passo que são mais complexos e envolvem múltiplas partes. Do mesmo modo, barreiras surgem no contexto da gestão dos conflitos, uma vez que no âmbito ambiental os conflitos aproximam aspectos da Administração Pública que possuem legislação específica e inflexibilidade para acordos. Devido à questão de a aplicação nesse campo ser recente, há insuficiência na regulamentativa que reflete nos setores públicos ou privados em relação à formação de mediadores ambientais.

Biografia do Autor

Cleiton Lixieski Sell, Universidad de Burgos - UBU

Doutorando em Direito pela Universidad de Burgos – UBU (Espanha), no Programa de Doctorado en Ciencias Jurídicas, Económicas e Sociales, en la área de concentración de Derecho Público. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (Brasil), na área de concentração Direitos Emergentes da Sociedade Global. Graduado em Direito pela Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ (Brasil). Integrante dos Grupos de Pesquisas Ordenación Territorial y Urbanística, Medio Ambiente y Dessarollo Sostenible (ORDITER) da UBU e do Grupo de Pesquisa Direito e Fraternidade (GPDF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, este registrado no Diretório de Grupos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Referências

ANDREWS, Neil. Mediation in Ingland. In: BERNARDINA DE PINHO, Humberto Dalla; ANDRADE, Juliana Loss (Coord.). Contemporary tendencies in mediation. Madrid: Dykinson S. L., 2015, p. 13-30.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BERNARDINA DE PINHO, Humberto Dalla; ANDRADE, Juliana Loss. (Coord.). Contemporary tendencies in mediation. Madrid: Dykinson S. L., 2015.

____. Teoria geral da mediação à luz do Projeto de Lei do Direito Comparado. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

BOLLIER, David. Pensar desde los comunes. Una breve introdución. Traducción Guerrilla Translation. Cáceres: P2P Foundation, 2016.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planal to.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015a. Código de Processo Civil. In: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 17. mar. 2015. Disponível em: http://www.planalto.

gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Lei nº 13.140 de 26 de junho de 2015b. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2º do art. 6º da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997. In: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 29. jun. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato 2015-2018/2015/lei/l13140.htm. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Senado Federal. Atividade Legislativa. Projeto de Lei de Câmara nº 94, de 2002. Disponível em: https://www25.senado. leg.br/web/atividade/materias/-/materia/53367. Acesso em: 25 nov. 2019.

CARRASCO, Marta Blanco. Mediación y sistemas alternativos de resolución de conflictos. Una visión jurídica. Madrid: Reus, S.A., 2009.

DILGER, Gerhard; LANG, Miriam; FILHO, Jorge Pereira (Orgs.). Descolonizar o imaginário. Debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. Tradução de Igor Ojeda. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.

ENTELMAN, Remo Fernando. Teoría de conflitos: hacia un nuevo paradigma. Barcelona: Editorial Gedisa, 2002.

ESPANÃ. Ley 5/2012 de Mediación en Asuntos civiles y Mercantiles. In: Agencia Estatal Boletín Oficial del Estado. BOE 27.07.2012. Disponível em: https://www.boe.es/buscar/act. php?id=BOE-A-20 12-9112. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Ley Orgánica 10/1995, de 23 de noviembre. In: Agencia Estatal Boletín Oficial del Estado. BOE nº 284, 24.11.1995. Disponível em: https://www.boe.es/buscar/pdf/1995/ BOE-A-19 95-25444-consolidado.pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Recomendação nº R (98) 1 do Comité de Ministros do Conselho da Europa aos Estados Membros sobre a Mediação Familiar. Comité de Ministros, 21 de janeiro de 1998. Disponível em: http://www.cej.mj.pt/cej/recursos/ebooks/GuiaDivorcioResp Parent/anexos/ anexo38.pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.

GIL-CEREZO, Victoria; DOMINGUEZ-VILCHES, Eugenio. La mediación ambiental em la gestión de conflictos socioambientales asociados a políticas de ordenación territorial y desarollo sostenible: Estudio de casos em el ámbito espanhol. In: Revista de Estudios Regionales. N.1, Septiembre-deciembre, 2014, p. 163-188. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/755/755387510 06.pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.

GIL-ROBLES, Álvaro. La mediación administrativa como alternativa. In: Revista del Poder Judicial, N. 94, p. 40-43, 2012. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4155918. Acesso em: 25 nov. 2019.

GORKCZEVSKI, Clovis; MARTIN, Nuria Belloso. Cidadania, democracia e participação política: os desafios do século XXI. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2018.

JIMÉNEZ, Fernando León. El derecho humano a un medio ambiente adecuado para el desarrollo de la persona desde el paradigma ecológico. Sevilla: Kronos, 2000.

MARTÍN, Nuria Belloso. Del Estatuto del mediador a una ética de la mediacción. In: LACASA, Elena Lauroba; MUÑOZ, Pascual Ortuño (Coords.). Mediación es justicia: El impacto de la Ley 5/2012, de mediación civil e mercantil. Actas del III Simposio “Tribunales y Medición”. Madrid: Huygenes editorial, 2013a, p. 235-243.

____. El acceso a la justicia a través de la mediación. Algunas novedades legislativas en España. In: SPENGLER, Fabiana Marion; BERNARDINA DE PINHO, Humberto Dalla (Orgs.). Acesso a Justiça, Jurisdição (in)eficaz e Mediação. A delimitação e a busca de outras estratégias na resolução de conflitos. Curitiba: Multimedia, p. 45-84, 2013b. Disponível em: https://www.academia.edu/28027289/ Acesso_à_Justiça_jurisdição_in_eficaz_e_mediação _1_.pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. El debate sobre la tutela institucional: generaciones futuras y derechos de la naturaleza. In: Cuadernos de la Cátedra de Democracia y Derechos Humanos de la Universidad de Alcalá y el Defensor del Pueblo. Nº14. Madrid: Universidad de Alcalá, 2018a, p. 13-301.

____. Las generaciones futuras y la Naturaleza: ¿hay un deber de cuidado?. Refleções desde o Eurocentrismo. NOMOS, Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, Dossiê temático, Cátedra Jean Monnet, V. 39, n. 2, p. 521-547, jul./dez., 2018b. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br /nomos. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Para que algo cambie en la teoria jurídica (Coord.). Burgos: Servicio de publicaciones de la Universidad de Burgos, 1999.

____. Perspectivas de una mediación ambiental. In: SILVA JUNIOR, Sidney Rosa da. La mediación de conflitos ambientales. Una vision sistémico-funcional hacia el desarrollo sostenible. Espanha: Thomson Reuters; Aranzadi, S.A.U., Pamplona, 2019, p. 231-275.

____. Un nuevo reto para las políticas públicas: posibilidades de una mediación ambiental “sostenible”. In: I Seminário Internacional de Mediação de Conflitos e Justiça Restaurativa. UNISC (Brasil), p. 1-22, 2012. Disponível em: https://online.unisc. br/acadnet/anais/index.php/mediacao_e_jr/article/view/10876. Acesso em: 25 nov. 2019.

____. Un reto para la mediación: el diseño de su Código Deontológico. In: BERNARDINA DE PINHO, Humberto Dalla; ANDRADE, Juliana Loss. (Coord.). Contemporary tendencies in mediation. Madrid: Dykinson S. L., 2015, p. 31-66.

MEJÍAS, Felipe Morente (Coord.). La mediación en tiempos de incertidumbre. Madrid: Dykinson S. L., 2010.

MORAES, Germana de Oliveira. Harmonia com a Natureza e Direitos de Pachamama. Fortaleza: Edições UFC, 2018.

MURGUÍA, Beatriz Martínez de. Mediación y resolución de conflictos: un guia introductoria. México: Editorial Paidós, 1999.

NOVO, Maria. La educación ambiental: bases éticas, conceptuales y metodológicas. Madrid: Editorial Universitas, S. A., 1996.

____. La educación ambiental: bases éticas, conceptuales y metodológicas. Paris, Madrid; UNESCO: Editorial Universitas, S. A., 1998.

OST, François. A natureza à margem da lei. A ecologia à prova do direito. Lisboa. Portugal: Instituto Piaget, 1997.

PALOP, María Eugenia Rodríguez. El ecologismo como referente em la construcción del derecho al médio ambiente. In: ESTAPÁ, Jaume Saura; PALOP, Maria Eugenia Rodriguez. Derechos emergentes. Desarrollo y medio ambiente. Valencia: Huri-Age, 2014, p. 45-65.

PEDREÑO, Remedios Mondéjar. Los conflitos ambientales y su tratamiento a través de la mediación. Madrid: Dykinson S. L., 2015.

____. Mediación ambiental. Recursos y experiencias. Madrid: Dykinson S. L., 2014.

PÉREZ LUÑO, Antonio Enrique. Derechos Humanos, Estado de Derecho y Constitución. 8. ed. Madrid: Tecnos, 2003.

PÉREZ, Gil Daniel; VILCHES, Amparo. Educación para la sostenibilidad y educación em derechos humanos: dos campos que deben vincularse. In: Teoria da Educación. Revista Interuniversitaria. V. 29, nº 1, En./Jun./2017, p. 79-100. Disponível em: http://revistas.usal.es/index.php/1130-3743/article

/view/teoredu29179100. Acesso em: 25 nov. 2019.

PONTES JÚNIOR, Felício de Araújo; BARROS, Lucivaldo Vasconcelos. A natureza como sujeito de direitos. A proteção do Rio Xingu em face da construção de Belo Monte. In: DILGER, Gerhard; LANG, Miriam; FILHO, Jorge Pereira (Orgs.). Descolonizar o imaginário. Debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. Tradução de Igor Ojeda. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016, p. 427-442.

REDORTA, Josep. Cómo analizar los conflictos. La tipología de conflictos como herramienta de mediación. Barcelona: Paidós Ibérica S. A., 2009.

SILVA JUNIOR, Sidney Rosa da. La mediación de conflitos ambientales. Una vision sistémico-funcional hacia el desarrollo sostenible. Espanha: Thomson Reuters; Aranzadi, S.A.U., Pamplona, 2019.

SOLDEVILA, Juan José Sarrado; VENTURA, Marta Ferrer. La mediación: un reto para el futuro. Actualización y prospectiva. Bilbao: Editorial Desclée de Brouwer S.A., 2003.

UNITED NATIONS. General Assembly. Resolution adopted by the General Assembly on 20 de december. Disponível em: https://undocs.org/A/RES/65/164. Acesso em: 25 nov. 2019.

VAQUÉS, Mar Aguilera. El derecho a um medio ambiente sano en la jurisprudencia del Tribunal Europeo de Derechos Humanos. In: ESTAPÁ, Jaume Saura; PALOP, Maria Eugenia Rodriguez (Ed.). Derechos emergentes. Desarrollo y medio ambiente. Valencia: Huri-Age, 2014, p. 67-95.

VILLALUENGA, Leticia García; VIDE, Carlos Rogel (Coord.). Mediación en asuntos civiles y mercantiles: comentarios a la Ley 5/2012. Madrid: Editorial Reus S. A., 2012.

____. Condiciones para ejercer de mediador. In: VILLALUENGA, Leticia García; VIDE, Carlos Rogel (Coord.). Mediación en asuntos civiles y mercantiles: comentarios a la Ley 5/2012. Madrid: Editorial Reus S. A., 2012, p. 149-162.

VILLALVA, Miguel Beltrán. Conflictos y resolución de conflitos: el papel de la mediación. In: MEJÍAS, Felipe Morente (Coord.). La mediación en tiempos de incertidumbre. Madrid: Dykinson S. L., 2010, p. 27-46.

WARAT, Luis Alberto. Anotaciones preliminares para una teoría contradogmática del derecho y de la sociedade. Sobre la mediación como construcción simbólica. In: MARTÍN, Nuria Belloso. Para que algo cambie en la teoria jurídica (Coord.). Burgos: Servicio de publicaciones de la Universidad de Burgos, 1999, p. 270-300.

Downloads

Publicado

2019-12-17

Como Citar

Sell, C. L. (2019). CONSIDERAÇÕES SOBRE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: A (IM)POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA MEDIAÇÃO AMBIENTAL EM SUA GESTÃO. Revista Direitos Sociais E Políticas Públicas (UNIFAFIBE), 7(3), 602–635. https://doi.org/10.25245/rdspp.v7i3.681

Edição

Seção

DOUTRINAS ESTRANGEIRAS