INTERSECCIONALIDADE E A DIGNIDADE MENSTRUAL

UM DIÁLOGO FUNDAMENTAL NO COMBATE ÀS DESIGUALDADES

Auteurs

  • Ana Carolina Davanso de Oliveira Cândido Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) http://orcid.org/0000-0002-1044-6706
  • Maurício Gonçalves Saliba Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

DOI :

https://doi.org/10.25245/rdspp.v10i3.1288

Mots-clés :

Dignidade menstrual, Corpos menstruantes, Higiene menstrual, Políticas Públicas, Saúde Pública, Interseccionalidade.

Résumé

A pesquisa ambiciona demonstrar a precariedade menstrual enquanto fenômeno multifatorial e interdisciplinar, que intersectado por clivagens, condicionam corpos a vulnerabilidades sociais. Neste sentido, impulsionar o diálogo interseccional da esfera pública com políticas sociais, educacionais e tributárias, almejando favorecer a dignidade menstrual de meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias. Para tanto, utilizou-se do método dedutivo e qualitativo, recorrendo a referenciais correlatos e pesquisas empíricas. Como resultado, constatou-se que a interseccionalidade, manuseada como ferramenta analítica, no âmbito da dignidade menstrual, proporciona construir e incorporar políticas públicas específicas, sem desconsiderar as intersecções dos corpos menstruantes e destaca a inacessibilidade a absorventes apenas como a ponta do iceberg de invisibilidade e violação de direitos fundamentais. 

Bibliographies de l'auteur

Ana Carolina Davanso de Oliveira Cândido, Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Mestranda em Ciência Jurídica pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Bolsista CAPES/Fundação Araucária. Pós-graduação em andamento em Direitos da Mulher e Advocacia Feminista, pela Faculdade Legale. Especialista em Direito Penal, Processo Penal e Legislação Especial, pela Faculdade Legale. Graduada em Direito pelo Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos (UNIFIO). Advogada.carolinadavanso.ad@gmail.com.

 

Maurício Gonçalves Saliba, Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (2006). Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (2002). Graduado em HISTÓRIA pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANA - UENP. Especialista em História Social - Universidade do Sagrado Coração - USC- Bauru-SP. Professor e orientador do curso de Mestrado e doutorado em Ciências Jurídicas da Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP.

 

Références

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2018

ASSAD, Beatriz. Políticas Públicas Acerca da Pobreza Menstrual e sua Contribuição para o Combate à Desigualdade de Gênero. Revista Antinomias, v. 2, n. 1, jan/jun., 2021.

BIROLI, Flávia e Luis Felipe MIGUEL. "Gênero, raça, classe: opressões cruzadas e convergências na reprodução das desigualdades". Mediações, vol. 20, nº 2. Londrina, 2015, pp. 27-55.

BRITO, Maria Alves Peixoto da Rocha. Pobreza menstrual e políticas públicas para mulheres e meninas. 2021. 99 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais, Aplicadas, Universidade Federal de Goiás, Cidade de Goiás, 2021.

BRK AMBIENTAL. Mulheres e Saneamento. 2016. Disponível em: https://static1.squarespace.com/static/5beeb2594611a0f1b6318134/t/5c1d28cf03ce64afea2c667d/1545414939516/brk-ambiental_instituto-trata-brasil_mulheres-e-saneamento.pdf. Acesso em: 20 jul. 2022

COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: A interseccionalidade como teoria social crítica. 1ª ed. – São Paulo: Boitempo, 2022.

COLLINS, Patricia Hill. Interseccionalidade. Tradução Rane Souza. 1ª ed. – São Paulo: Boitempo, 2021.

CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, vol. 43, no. 6, 1991, p. 1241–1299. JSTOR, www.jstor.org/stable/1229039. Acesso em 18 ago. 2020.

DAVIS, Angela. Mulher, raça e classe. Tradução Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: Ensaios, intervenções e diálogos. Zahar; edição digital.

HOOKS, Bell. Black women: shaping feminist theory. Revista Brasileira de Ciência Política. Brasília, nº. 16, p. 193-210, abril 2015.

KOHEN, Micaela; ROHATSCH, Magdalena. Un camino hacia la justicia menstrual. In Revista Límbica Vol. II Núm. 2 (2021) ISSN 2718-7241. 2021.

MOTTA, Ivan Dias da; ARAÚJO, Maria de Lourdes; SILVA, Marcos Alves Da. Por uma política pública educacional nacional de fornecimento de produtos de higiene menstrua. In Revista Direito e Sexualidade, Salvador, v. 2, n. 2, p. 189-212, jul./dez. 2021.

PATRIOTA, Elizabete Bezerra; AMORIM; Vilma Leite Machado de. (IN)dignidade menstrual: a face feminina da pobreza. In. V desfazendo gênero – v seminário internacional DESFAZENDO GÊNERO, 2021.

QUEIROZ, Nana. Presos que menstruam. Rio de Janeiro: Record, 2015.

SILVA, Roseane Amorim da; MENEZES, Jaileila de Araújo. A interseccionalidade na produção científica brasileira. Revista Pesquisa prática psicossociais [online]. 2020, vol.15, n.4, pp. 1-16. ISSN 1809-8908.

SOUSA, Elaine Pereira de. Sangrar é político : diálogos acerca da pobreza menstrual na vida de meninas pretas e pardas. – Franca Trabalho de conclusão (bacharelado – Serviço Social). Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Orientadora: Maria Cristina Piana, 2022.

UNFPA/UNICEF. Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdades e Violações de Direitos, Brasília, 2020.

UNICEF, Progress on household drinking water, sanitation and hygiene 2000-2017. Special focus on inequalities. New York: United Nations Children’s Fund (UNICEF) and World Health Organization, 2019.

WaterAid, Unilever Domestos e WSSCC. We can’t wait: A report on sanitation and hygiene for women and girls. 2013. Disponível em: https://washmatters.wateraid.org/sites/g/files/jkxoof256/files/we%20cant%20wait.pdf Acesso em 26 de julho de 2022.

Téléchargements

Publiée

2023-02-15

Comment citer

de Oliveira Cândido, A. C. D., & Gonçalves Saliba, M. (2023). INTERSECCIONALIDADE E A DIGNIDADE MENSTRUAL: UM DIÁLOGO FUNDAMENTAL NO COMBATE ÀS DESIGUALDADES. Revista Direitos Sociais E Políticas Públicas (UNIFAFIBE), 10(3), 1–26. https://doi.org/10.25245/rdspp.v10i3.1288

Numéro

Vol. 10 No 3 (2022): SET. / DEZ. / 2022

Rubrique

DOUTRINAS NACIONAIS

Licence

Os direitos autorais, dos artigos publicados na Revista, são do autor e da Revista Direitos Sociais e Política Públicas - UNIFAFIBE com os direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, com aplicações educacionais e não comerciais, de acordo com o creative commons